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Adolfo Menezes Melito |
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(Criatividade + Conexão) x Inovação
Fórmula de Melito!
A criatividade e a inovação em qualquer segmento de negócio são a chave para sair do lugar comum. Essa é a máxima na vida profissional do executivo Adolfo Menezes Melito, 52 anos, sendo 20 deles em cargos de direção geral.
A realização profissional de Melito se deve ainda a outra convicção mais recente: “tornar o concorrente irrelevante”. Um conceito editado por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, autores do Bestseller americano Blue Ocean Strategy (2005), e que ele segue ao pé da letra.
A terceira ponta de sustentação de uma carreira inspiradora é que Melito talhou para si o hábito de cultivar com carinho relacionamentos pessoais e de negócio. "Investir no conhecimento e nos relacionamentos é um caminho indispensável para o sucesso pessoal, profissional e nos negócios", assegura ele.
1975 Ciências
econômicas
Melito, paulista de Itobi, interior de São Paulo, é casado com Vanda Naoko Miyagi Melito. Ela e Melito se conheceram durante o curso de graduação em Economia na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Fundação Santo André, concluído em 1975.
Recém-formado, Melito saiu de São Paulo com a família e o filho recém- nascido, Adriano, hoje com 30 anos, para assumir a sua primeira gerência, em sua especialização inicial - área de comércio exterior - na Becton, Dickinson, empresa norte-americana no segmento de produtos médico-cirúrgicos, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
1980 Ampliação do mercado externo
Após 5 anos e já ocupando a gerência de Suprimentos da Becton, Dickinson, e programando o seu retorno a São Paulo, acabou aceitando o convite da sueca Facit, empresa então pertencente ao Grupo Electrolux, com sede em Juiz de Fora, para gerenciar a sua área de comércio exterior, com ênfase nas exportações. Assim, adiou os planos de retornar a São Paulo.
Foi um período atribulado em que as demandas
sobre a unidade de Juiz de Fora aumentaram com a venda
mundial da empresa a Ericsson. Melito passou, então,
a acumular, além da área de Comércio
Exterior, as de Logística, Administrativas
e Financeira da empresa. Essa trajetória habilitou-o
a assumir, no final de 1984, a superintendência
da Facit. As vendas ao mercado externo foram ampliadas
para mais de 100 países, representando 30%
dos negócios da empresa. Essa diversidade de
mercados e volume das negociações lhe
rendeu também vários prêmios.
Foi nesse período que o executivo tomou conhecimento
da Fundação Dom Cabral e conheceu o
presidente da instituição, Emerson Almeida,
cuja atuação na área de comércio
exterior, era, à época, expressiva através
do CEDEX.
Melito retornou a São Paulo em 1985, pela Facit, e com a família, que havia crescido de tamanho com o nascimento da Amanda (hoje 20 anos), mineira.
A Facit destacou-se em participação de mercado e resultados. Melito conduziu, por exemplo, em nome da Ericsson, a venda da empresa ao Grupo Machline, curvando-se à então reserva de mercado.
1987 Inovação
O executivo assumiu em 1987 a direção-geral da Interprint Formulários, empresa pertencente a grupos sueco e inglês, contribuindo para a sua rápida expansão e melhoria de resultados com a entrada no segmento de produtos de maior valor agregado, especialmente os impressos de segurança.
Em 1991 retornou, por assim dizer, ao grupo Ericsson, assumindo a direção geral da Matec (também fruto da reserva de mercado) para o desafio de realinhar a organização dentro do novo cenário de mercado aberto e ampliar a sua atuação, acrescentando produtos e soluções de comunicação de dados, além dos já conhecidos PABX e outros equipamentos de comunicação de voz.
1994 Novos negócios
Em fins de 1993 deu uma guinada de 180 graus em sua carreira, ao dar sinal positivo ao convite de Daniel Dazcal, quem conhecera na época da Sharp, para assumir uma diretoria na Tec Toy.
Nesse mesmo período, Melito - que tem paixão pelo conhecimento, pela tecnologia e pela inovação, e procura então reciclar-se, a cada dois ou três anos, fez um investimento de peso num curso internacional. Assim, em 1994, participou da 5.a. Turma do Programa de Gestão Avançada (PGA), uma co-produção da Fundação Dom Cabral e Insead (França).
O conhecimento só veio a somar. Afinal, era um momento histórico no mercado, uma vez que a Tec Toy desbancava a Estrela no segmento de brinquedos. Na empresa contribuiu, além da organização administrativa e financeira, no estabelecimento de novos negócios.
Da assim chamada área de entretenimento na Tec Toy para a área cultural foi um pulo só. Para acompanhar esse salto, participou dos cursos Marketing Management pela Columbia University - USA em 1998, People Management, pelo Disney Institute em 1999 e MBA pela ESPM - ITA em 1999/2000.
2000 Projeção internacional
Nesse mesmo período Melito assumiu a diretoria do Instituto Alfa de Cultura (leia-se Teatro Alfa), além da diretoria de Novos Negócios Não Financeiros do Grupo Alfa.
Os resultados da sua gestão à frente do Teatro são comprovados pelas realizações de programações caracterizadas pela diversidade de gêneros, nos anos de 2000, 2001 e 2002, que resultou em dobrar o número de assinantes e crescer em 150% as receitas de patrocínio.
Esse trabalho no Alfa o referendou para a diretoria da BrasilConnects, cujas programações em 2003 e 2004 foram caracterizadas por um crescimento substancial de receitas e recordes de público em exposições de artes visuais no Brasil, como Picasso e no Exterior - Japão e China. Em 2004 a Brasil Connects conseguiu equilibrar os seus resultados na área cultural.
Com essa evolução profissional, conhecimentos e valores é que Adolfo Melito destaca-se pela sua versatilidade em conduzir, com sucesso, organizações em mercados bastante distintos uns dos outros.
E essa história não termina aqui. Melito acaba de retornar do primeiro programa "China - Oportunidades e Desafios" conduzido pela Fundação Dom Cabral - realizado em Xangai em parceria com a University of British Columbia (Canadá) e a Jiao Tong University (China). Afinal, o mundo dos negócios é o seu lar. E onde ele estiver despontando, certamente é lá que Melito estará.
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